Os nossos sonhos mais íntimos precisam ser regados, cultivados e plantados na realidade exterior. Toda a vez que trabalhamos com o inconsciente por meio da imaginação ativa ou da meditação, “derramamos água em nossos sonhos”. Alimentamos-los e ligamo-nos à consciência, redimindo potenciais até então ocultos, de modo que possam ser usados em nossa vida diária. Estabelecendo o contato entre nossas fantasias inconscientes e nossas intenções conscientes, liberamos o espírito aprisionado na matéria, libertando novas intuições e introvisões outrora encerradas em nossa profundezas inconscientes, de modo que possam florescer na realidade. Damos a vida no aqui e agora a idéias e sonhos que anteriormente mantínhamos cativos em elevadas racionalizações, transformando, ao fazê-lo, não só a nós mesmos senão também à natureza. Em outras palavras, mudamos, ao mesmo tempo, a qualidade da nossa vida pessoal e o caráter do inconsciente coletivo. No sítio sagrado em que se encontram a terra e as águas, tanto o pessoal quanto o universal são tocados e transformados.
Como o corvo de Elias, o pássaro traz alimento e sustento para o herói sofredor.